AOS SACERDOTES
Quando criança passamos por fases diferentes em nossas vidas de acordo com o que vamos presenciando, e assim querendo nos tornar como tal, de acordo com nossas fantasias.
De zero á um ano, a criança só tem como identidade a mãe, por esta ser quem o amamenta, quem troca-lhe a maioria das fraudas, acalenta nas madrugadas e lhes fazem aquele banho morninho que tanto adoramos.
A partir do primeiro ano, quando a criança começa a andar e descobrir as coisas, há um desejo enorme do desconhecido sem um mínimo de medo e dos danos de tudo aquilo que lhe pode oferecer risco. Neste ponto a figura paterna se torna muito importante para o desenvolvimento da criança.
Mais na frente, há uma fase em que nosso sonho é ser um soldado das forças armadas, um bombeiro, um aviador ou super-heróis como tantos conhecidos.
Continuando nosso crescimento, chegamos numa fase em que tudo que queremos ser é igual ao nosso pai biológico. Dizemos que quando crescer, queremos ser igualzinho a ele. Temos um orgulho e uma admiração tão grande que na escola onde estudamos, o assunto na hora do recreio, são os nossos papais. Cada um expressa de sua forma que o nosso pai é melhor que do outro.
Com o passar dos tempos o nosso super-papai vai saindo de sena e se tornando uma pessoa comum, embora que ainda haja em nossa consciência um pouco da confiança que estamos protegidos.
Agora nos tornamos o próprio Superman e assim ninguém sabe mais que nós; ninguém pode mais que nós; os outros não sabem do que somos capazes porque são do passado e etc.
Com o passar do tempo, a maioria destes acabam se frustrando , porque enxergam que também não conseguiram ser como idealizaram.
Neste ponto, alguns fatores são muito importantes de serem analisados:
1) Podemos ter sido rejeitados.
2) Podemos ter sido criados sem a presença do pai biológico.
3) Podemos ter sido amaldiçoados com palavras descabíveis.
4) Podemos ter sido molestados.
5) Podemos ter sido criados como o patinho feio e etc.
Não importa aqui neste nosso contexto, a forma específica, mas que por alguma razão de não termos encontrado um porto seguro, nos sentimos órfãos e desprotegidos e ai ficamos feito homens e mulheres quarentões em busca de uma paternidade para nos sentir seguro. Ficamos em busca de uma muleta para nos sustentar e poder seguir. Ficamos em busca de sermos adotados para nos sentir seguros e podermos chegar onde sempre desde pequeninos queríamos chegar e nunca chegamos.
Precisamos de um sustentáculo, senão conseguiremos ficar de pé e seguir em frente. Mas desta forma, temos de saber que jamais seremos nós mesmos e que cedo ou tarde, voltaremos a nos decepcionar.
Temos observado nos últimos anos que muitos sacerdotes necessitam de uma autoridade para caminharem e seguirem como muleta e ponto de referencia de um objetivo praticamente impossível de ser atingido, devido a orfandade advinda de uma infância mal resolvida.
Quantas paternidades terrenas tem nos decepcionado ?
Quanta soberba estão sobre estas paternidades ?
É normal ? Sim, pois são homens e nunca deixarão de ser.
100% Dizem que são humildes e simples mas não agem nem em pensamento como tal, pois são homens.
Temos de entender que esta prática infantil será um ciclo vicioso e que não terá fim até que verdadeiramente entendamos que somente existe uma paternidade, á PATERNIDADE DIVINA. Paternidade esta que é a que devemos buscar.
Temos que entender que só existe um super-herói, que só existe um bombeiro, que só existe um soldado, que só existe um aviador, que só existe verdadeiramente um pai que é o DEUS de Abraão e o nosso DEUS.
Precisamos sim desenvolver uma INTIMIDADE COM ESSA PATERNIDADE DIVINA, como única forma de jamais sermos decepcionados.
Quando JESUS falou as multidões e seus discípulos em Mt 23:8-10, ELE quis nos mostrar e aqui principalmente aos sacerdotes e discípulos, que Rabi, Mestre e Pai só tinha UM e que ninguém poderia ser tratado com tal dedicação.
Porque que será que JESUS disse neste texto que somente o PAI é O CARA ?
Por 3 motivos simples:
- Existiriam pessoas que gostariam de ser o sacerdote dos sacerdotes e serem endeusados como os mesmos daquela época como é dito no contexto. ( Versículos anteriores ).
- Porque ELE sabia que haveria uma grande orfandade sacerdotal nos finais dos tempos, e como isso atrapalharia o seu relacionamento direto com estes, se tornando meninões ambulante espirituais dependentes de homens e não de um DEUS VIVO pronto a estar conosco.
- E finalmente porque ELE mesmo já havia se manifestado em Is 42:8 quando revelou que a Glória DELE não daria a outro.
Gosto muito de comentar sobre uma das pregações do Pr. Cláudio Duarte, que quando Pedro andou sobre as águas no comando de nosso Salvador, ele pode dizer que ele andou sobre as águas e os outros apenas dizer que viram ele andando sobre as águas.
Eu quero deixar aqui um legado de que eu quero ser o que anda sobre as águas e não o que presenciou tamanha proeza.
Devemos querer ser o profeta, o íntimo, o confidente, o que trás revelação e não o contador de histórias.
Isso que temos de buscar na PATERNIDADE DIVINA, e não na Paternidade Corrompida.
Vejam que não estou aqui dizendo que não se deve dar honra a quem merece honra, ou mesmo denegrir as autoridades sejam elas certas ou erradas. Não.
Toda autoridade foi levantada na terra pelo SENHOR e a todas devem ser respeitadas.
Mas o que quero dizer aqui é que embora chamem de respeito e honra á lideres, vemos como idolatria e isto é abominação de DEUS. O pronunciar de nossos lábios nos entrega que somos idólatras porque honramos mais a criatura que o Criador.
Se em Mt 23:8-10 JESUS diz não, então é não.
Quem são os papais e avós dos nossos líderes como Silas, Feliciano, RR Soares e até o Papa ?
Devemos seguir a PALAVRA e os ENSINAMENTOS juntos como Igreja do SENHOR, como ovelhas compradas por um alto preço pelo SENHOR.
Se temos um dono este é AQUELE que nos comprou com SEU PRECIOSO SANGUE. Somos o corpo de CRISTO e ELE é o CABEÇA da Igreja que somos nós.
Esta na hora de nós sacerdotes escolhermos o único e verdadeiro super-herói de nossas vidas.
JESUS CRISTO DE NAZARÉ
Pr. Marcelo Veras.
